A inconstância emocional revela traumas e doenças existenciais

Esse é um assunto que eu não abordo a muito, mas muito tempo mesmo, até porque, eu parei de atender pacientes há mais de 15 anos, mas eu não esqueci o “dever de casa” e nem o que estudei e estudei muito.

Aprendi demais.

Fui considerado um psicólogo importantíssimo nos anos 2000.

Já teve meses, que sequer tinha agenda ou horário para atender pacientes.

Já houverem casos que cheguei no consultório de Belford Roxo, Rio de Janeiro, onde atendia população carente e membros das igrejas Batistas, chegava a 09h e atendia até 02h00 da manhã do dia seguinte.

Dezessete horas seguidas de atendimento.

Você tem noção disso?

Isso não é piada.

Larguei a profissão, porque eu sofria junto dos pacientes e de suas dores, eu me importava de verdade com os pacientes, e migrei para o Jornalismo.

Me formei em Psicologia, me especializei em psicologia infantil, psicologia pastoral e psicanálise não-diretiva.

E posso te garantir que:

A inconstância emocional revela traumas e doenças existenciais.

Aquela pessoa que hoje “decidiu que quer sorvete”, e acorda no dia seguinte afirmando que “não quer mais sorvete” e pior ainda, joga na ‘conta de Deus‘, dizendo que “Ele” mandou não ingerir sorvete, apenas está verbalizando seus traumas e doenças existenciais e emocionais, mesmo que não confirme essas doenças e traumas: mas é doente e traumatizada!

Sorvete é apenas uma metáfora, estou falando de decisões.

A pessoa doente hoje quer, amanhã não quer mais.

Acorda e decide que ainda quer, solta um peido, já não quer mais.

Peido é apenas outra metáfora de tempo e ação.

De algo cotidiano e banal.

Mas essa pessoa inconstante é doente.

Todo inconstante é uma pessoa doente.

Não que eu não tenho minhas ‘doenças e traumas’, não sou o sinete da perfeição, mas sou muito bem resolvido e muito bem estruturado emocionalmente, sei o que quero e o que não quero.

Sei o que sou e o que eu não sou.

Não vivo de máscaras ou de fantasias e muito menos a impulsividade me domina, pelo contrário, eu que domino os meus instintos impulsivos.

Às vezes tomo decisões com rapidez mais rápida do que a velocidade da luz (metáfora com redundância proposital), mas também, por vezes, demoro a tomar decisões para fundamentar a minha própria decisão.

Fico estressado? Nervoso? Ansioso?

Claro que sim. Sou ser-humano.

Mas é dificílimo me ver assim.

Maturidade não tem apenas haver com a idade, tem a ver com experiências, dores, alegrias e aprendizados.

Até a dor e a alegria podem te ensinar.

Tem aqueles que aprendem e aqueles que não querem aprender.

Não amadurecem.

Emocionalmente fracas.

Inconstantes.

Doentes.

Já fui impulsivo na adolescência, mas cresci e amadureci, o problema com certos adultos é que não amadurecem.

Inclusive adultos com filhos e netos.

Soa um absurdo?

Mas a realidade é essa.

Pior são aqueles que desempenham funções e assumem cargos importantíssimos, mas por dentro, emocionalmente, são piores do que crianças manhosas e birrentas.

Imaturas e inconstantes.

Infantis em sua maturidade.

Infelizmente isso é mais comum do que acreditamos.

Antes de envolver-se com alguém, em qualquer nível, romance ou relações interpessoais — amizades, avalie bem a outra pessoa.

Cuidado para depois você não ter que se arrepender.

Às vezes vale mais a pena ficar longe de pessoas doentes…

Léo Vilhena
@LeoVilhenaReal

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