A nova vida de um quase marginal; se mudei, você também pode mudar

Se qualquer pessoa me perguntar o porquê desse texto, eu serei franco e direto, como sou normalmente em minha vida: não sei!

Sequer faço ideia dos motivos que levaram o meu coração a escrever esse texto, porque ele já está formatado e construído dentro de mim, desde as 05h da manhã desta quarta-feira, 26.

São 09h15 e eu estava ‘inventando’ desculpas para não escrever, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO, conjunções adversativas da língua portuguesa, se ele encontrar abrigo e morada em apenas uma alma, já terá valido a pena me expor…

Estamos conversados?

A nova vida de um quase marginal

A ‘síndrome de Gabriela’ ou ‘Modinha para Gabriela’ só irar te dominar se você quiser e permitir.

Esse papo furado de que ‘Eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo assim, eu, vou ser sempre assim, Gabriela, sempre Gabriela’ é demagogia para idiotas esconderem-se atrás de suas podridões e canalhices.

É falta de caráter nível hard.

Justificam suas bizarras decisões com a desculpa ‘Eu nasci assim”.

Até pode ser meia verdade, você nasceu assim, mas só irá permanecer assim se você quiser.

Deixe de ser canalha e mude de vida…

Tenho moral para falar isso e vou te explicar por quê.

Fadado ao fracasso ou a sepultura

Nasci nos anos 70 e até os 17 anos fui “ladrãozinho” e roubava por “diversão”, éramos os “Amigos da Turma do Zoom” e eu era o Zoom…

Nosso prazer, além de roubar, era sair arranhando, riscando e quebrando carros no entorno de Vicente de Carvalho, Vaz Lobo, Irajá, Colégio, Rocha Miranda e Madureira, bairros da zona norte do Rio de Janeiro.

Precisava disso?

Nem em sonhos ou pesadelos.

Venho de uma família extremamente pobre por parte de mãe e pai, até que minha avó paterna, Dona Angelina Giglio Vilhena fez prova nos anos 70 para entrar para a Caixa Econômica Federal como FAXINEIRA, e numa dedicação incomum para aquela época, foi subindo de degraus e se aposentou como PRESIDENTE DA FUNCEF no final dos anos 80…

A vida de nossa família melhorou demais e eu era “os quindins” da vovó…

Tudo de melhor ($$$) era eu quem recebia, mesmo assim, decidi ser um “quase marginal”.

Eu era tão aloprado que sexo no banheiro da igreja (durante um culto) consegui fazer com minha namorada de infância, dali saímos para roubar carteiras, e voltamos a tempo de tocar Bateria (Eu) e ela cantar no grupo de jovens de nossa igreja.

Eu era um bicho e um monstro.

Ninguém me suportava na igreja. Me engoliam. Até por que se não engolissem…

Essa minha rebeldia começou quando algo aconteceu, CONTRA A MINHA VONTADE, aos 11 anos, exatamente em 1982, um professor da Escola Bíblica Dominical dessa mesma igreja…

Muitos julgavam a minha rebeldia (na verdade, era um grito de socorro) mas ninguém daquela igreja JAMAIS estendeu a mão e JAMAIS perguntaram: “O que foi? O que aconteceu? Você precisa de ajuda? Aconteceu alguma coisa? Você quer falar alguma coisa? Porque você faz essas coisas

Até que, ainda em 1986, conheci um cara que iria mudar a minha história de vida.

Pastor Jôsias Amandula.

Eu era um baterista maravilhoso aos 17 anos e já estava “ensaiando” aprender violão e Contrabaixo, e desculpe a palavra, eu era “O CARA” como músico.

Muito Bom.

3 CDs gravados e produzidos, nos anos 90.

E mesmo assim, seguia pela vida da marginalidade.

Foi quando o Pai Jô me disse assim:

– “Cara, você é tão talentoso e está desperdiçando esse talento em troca do quê? Não é esse o caminho mano, está na hora de você mudar.”

Por que me lembro exatamente dessas palavras?

Porque causaram um impacto em mim.

Nunca alguém tinha falado comigo com tanto amor…

No dia seguinte, cheguei no fliperama de Irajá, onde a turma se reunia para sair e roubar e quem estava me esperando por lá?

Jô…

No dia seguinte, roubei em Irajá, e com quem encontrei perto do Bradesco da Av. Edgar Romero?

Jô…

Naquele dia desisti…

E resolvi mudar…

E como me arrependo da vida que levei…

Se mudei, você também pode mudar.

Hoje tenho 52 anos, sete filhos e duas netas.

Fui casado duas vezes e tive umas ‘545’ namoradas…

Sou muito chegado ao antigo esporte bretão.

Na minha vida, no decorrer dela fui Soldado do Corpo de Fuzileiros Navais, Policial Civil e me encontrei no Jornalismo.

Minha verdadeira paixão.

Realizei 4 faculdades: Teologia, Psicologia e Comunicação Social (com habilitação em Jornalismo). Concluí as três. Direito parei quase no finalzinho do curso, já estava estagiando e com a carteira provisória da OAB (estudante).

Fui Jornalista da CBN MS, Rede Brasil de Televisão e desde 2013 sou o Editor da Rede GNI.

Recebi um prêmio pela reportagem: SAMU – UMA FAMÍLIA DE SOCORRISTAS. Passei três dias dentro de unidades do Samu, detalhando a rotina desses verdadeiros hérois.

Fui o primeiro repórter a chegar na Rodoferroviária de Curitiba, em 2008, quando foi localizado o corpo da pequena Raquel Genofre, dentro de uma mala.


Continua depois da foto
Família da menina Rachel Genofre ainda espera por justiça | Painel do Crime | Tribuna do Paraná


Fui pastor por 25 anos, deixei de ser devido às sequelas que tenho dos 3 AVCs e 3 enfartes, além de 2 comas que sofri entre 2016 e 2022.

Ganhei vários prêmios e moções de aplausos.

Morei na Alemanha.

Conheço bem a Europa.

Já zerei o Brasil quase por inteiro: Não conheço Amazonas, Rondônia e Fortaleza, e pasmem, tenho uma amiga-irmã no Ceará… rssss

Pausa para o jabá: TE AMO MARCELINHA😍

Sou considerado extremamente inteligente (é o que dizem por aí, mesmo que eu não concorde com essa afirmação) e já fui agraciado com diversas honrarias.

Sou formado em Programação e Designer e considerado um expert em HTML, WP, JSS e CSS.

Escrevi alguns livros e tenho um que vendeu pra caramba: DESCULPAS NÃO CURAM FERIDAS.


Por que estou te contando as vitórias?

Porque antes te contei as derrotas…


Se mudei, você também pode.

Aquele papinho furado da ‘Modinha Para Gabriela’ é papo furado.

Basta querer.

Basta ter vontade.

Basta decidi mudar.

Seja por “malandragem”, mude, por que ser um canalha não tá com nada.

Se mudei, você também pode.

Basta Querer…

Então: Mude!

Vale a pena!

Léo Vilhena
@LeoVilhena Real

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